1. Série Colômbia, o risco é querer ficar!

Em janeiro de 2012, estive uns 20 dias nesse país maravilhoso que eu ainda pouco sabia. 
Minha vontade estava de conhecer Cartagena de Índias e Cali e Bogotá, por amigos que moravam lá. Mas também fui a Popayan, Zipaquirá y, lógico, Medellin!
Tive que iniciar minha pesquisa e organizar tudo, desde hotéis até a programação. Fui com uma amiga e tínhamos que coordenar bem os dias para não faltar nada - ela tinha um pouco mais do que 10 dias.
E digo com toda a firmeza que a Colômbia é encantadora, surpreendente, linda, agradável, cheia de história e com lugares maravilhosos para a fotografia.

Mas antes de ir a Colômbia, sugiro ler um pouco sobre o país e entender porque eles são politizados, intelectuais, com excelentes universidades, milhares de estudantes, megacidades, e saber que na Colômbia estava centralizado o reino da Gran Colombia (1819), composta pelos países da Colômbia, Panamá, Venezuela e Equador. Medellin é capital arquitetônica, possui o maior orquidário da América Latina e 300 mil universitários. Santa Marta foi a primeira cidade fundada em 1525 e 1533, Cartagena de Índias.
Entre as cidades é praticamente impossível viajar de carro ou de ônibus, não apenas pelo grande movimento de caminhões, como pela imensa quantidade de curvas, aclives e declives, como pela violência, sequestros e assaltos. Prefira fazer tudo de avião - vai se incomodar menos e demorar pouco. O relevo da Colômbia determina sua agricultura, história e colonização. Quanto às temperaturas, elas só mudam pela altitude, já que a proximidade do Equador é bastante grande. Na região de Bogotá, com quase 1000m de altitude, o clima é ameno e nas regiões do litoral, sempre mantem seus 30ºC e noites frescas. A Cordilheira dos Andes divide as regiões do país.

INICIO
Inicio esta série de posts, na PLAZA BOLIVAR.

Nossa viagem, inicia em dois pontos do Brasil - e até fora dele.

Na Praça Bolivar, atrás Catedral Primaz da Colombia, em Bogotá

Ana Lucia sai de Joinville rumo a Sâo Paulo e eu saio de Pelotas. As duas nos encontramos no aeroporto internacional de Guarulhos. Nessas horas é que percebemos como os celulares são úteis - como é fácil a gente se encontrar no meio da multidão! 
Um pouco mais a oeste, Ivonete sai de Asunción, Paraguay e nos encontramos com ela lá, em Bogotá, nos seus últimos dias de Colômbia.
Decidimos tudo muito rápido. Em 15 dias, tudo estava programado - roteiro, hotéis e transporte. Mas a mala, como sempre, cheia, mas precavida com uma bolsa extra, daquelas de plástico que abrem e carregam o dobro das coisas. Uma coisa milagrosa de não acreditar!

Catadores na Plaza Bolivar
- lendo jornal - Bogotá -
e as pombas sujando tudo dão um ar de diversão.

Saímos dia 17janeiro, à noite, para atravessar a Amazônia de madrugada e sempre por lá, um tanto de turbulência nos esperava. 
A Avianca tem opcionais como um vídeo digital, onde se vê o que quiser - o trajeto, filmes, séries, shows..é só escolher. Então, dormir foi difícil. Minha amiga de vôo também não ficou muito tranquila. Mas antes de ter medo, sei que ali somos completamente desprotegidos de qualquer segurança, caso algo de muito ruim aconteça. Meu medo é na hora de levantar ou de chegar.
Mas estávamos de férias! Relaxar é a lei número um!

Minhas observações aqui serão de uma turista latino-americana, conhecedora profunda da idiossincrasia dos países do cone-sul.

Interior da Catedral - Bogota

A Colombia foi uma linda surpresa Sabe-se que ela é cheia de lindos representantes, rebolantes, alegres, coloridos, cabeludos e que Cartagena é o paraíso, ou a visão dele. Fora isso, sabe-se do futebol, da banana frita, do café - aliás o melhor do mundo. Mas nada, ou pouco, se sabe sobre a intelectualidade de seus profissionais, das universidades, dos costumes alimentares, das temperaturas, altitudes, guerras históricas, invasões, repressão e sobre a população e a força daquele povo. 
Mas "entrar", estar ali, no país é descobrir muito mais do que isso.
Os colombianos são culturalmente muito preparados, são bons de conversa e de debates. Pessoas interessadas, bravos guerreiros ao enfrentarem os árduos períodos de sua história, alegres, musicais, sensuais dançarinos e muito receptivos. Mais ainda quando percebem que somos brasileiros - basta dizer bom dia e eles percebem - e olha que falo fluentemente espanhol.

Como falei, inicio na Plaza Bolivar - no centro mais importante da cidade de onde pode-se iniciar a conhecer Bogotá.

PARA ENTENDER MELHOR

A imponente Catedral Primada - Bogotá

No centro veremos claramente, três partes bem diferentes - centro administrativo - onde estão os predios de escritórios, bancos e comércio variado - a Candelaria, setor histórico colonial com prédios lindos e coloridos - e a Praça Bolivar, que além de histórica, é sede dos predios governamentais. Os três setores podem ser visitados a pé, com calma, olhando cada esquina, entrando nas Igrejas, museus, restaurantes típicos, os prédios históricos,  balcões estilo espanhol antigo e a imponência de um império gigante de centenas de anos...A cada esquina, uma surpresa, um click.

Região dos prédio do governo 
- logo ali, nos fizeram a vistoria fortemente armados.

Sempre muitas pessoas caminhando, indo trabalhar ou, simplesmente, sem fazer nada. Ambulantes vendendo de tudo, incluindo a típica manga, com limão e sal. Gosto para poucos.
Bogotá tem 8 milhões de habitantes, 2.600 metros de altitude, clima frio que varia de 8° a 25°C o ano todo. Dias mais nublados do que ensolarados. Pela altitude, o sol é de montanha e é rodeado de morros de mais de 1000m de altura. Difícil é descobrir o que é inverno e verão - perguntei para diversas pessoas, mas ninguém sabia.
Ali, estão a menos de 5° de latitude - quase na linha do Equador, que "passa" ao sul do país. As temperaturas variam em razão da altitude.

Vendedoras ambulantes

Potal da Capela

Na periferia de Bogotá, existem bairros e morros de alto índice de periculosidade. Ainda existem. Ainda, digo, porque a violência foi reduzida nos últimos anos e a sensação é muito mais de segurança do que em muitos lugares do Brasil. Fala-se muito da Colômbia, dos sequestros, do tráfico. Mas a presença de militares em regiões turísticas, incluindo aqueles que estão fazendo serviço militar, ajudam a melhorar e dar uma sensação de segurança.

Vista dos morros ao redor de Bogotá
 - favelas ainda com problemas sociais fortes.

Militares estão presentes 
em todas as esquinas. 

Na nossa passagem pela rua lateral da Praça Bolivar, ao lado do Palácio Presidencial, nos pegou de surpresa: uma vistoria feita por militares bem armados. Entrávamos em região de extrema segurança - Palácio Presidencial chamado "Casa de Nariño".

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Esta cidade surpreende seus visitantes em cada esquina e sempre oferece algo para ver e fazer. Em Bogotá há:

• 58 museus,
• 62 galerias de arte,
• 45 teatros,
• mais de 40 salas de cinema,
• 161 monumentos nacionais,
• 75 grandes parques esportivos e mecânicos,
• 44 lojas de artesanatos,
• 28 igrejas de interesse turístico.

Catedral, no Centro histórico de Bogotá

Tudo isto complementado com:

• 33 bibliotecas,
• 94 shoppings
• 62 centros de convenções
• e 25 universidades.

Informação:
http://www.colombia.travel/po/turista-internacional/pontos-turisticos-aonde-ir/destinos-recomendados-para-o-fim-de-semana/bogota
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POPULAÇÃO

Vista de Bogotá e ao fundo a Igreja de Monserrate, 1000m acima.

Bogotá, fundada em 1538, é Distrito Federal. Terceira capital mais alta do mundo e é a 5ª cidade mais populosa da América Larina - México DF, em primeiro, São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires são as primeiras. A Colômbia toda tem a mesma população de toda a Argentina. Então, prepare-se para cidades enormes com mais de 1 milhão de habitantes. Enquanto que a Argentina, prepare-se para cidades com menos de 500mil habitantes. As maiores lá são - Bogotá com 8milhões - Medellin com 5 milhões - Cali com 3 milhões - Barranquilla com 1,5 milhão e Cartagena de Índias com 1,2 milhões. Na wikipédia dá outros valores, mas acredito que eles lá levam em conta toda a população, incluindo a rural. 

  http://www.maitacapoeira.com.br/site/pagina.asp?codigo=12
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Mas Bogotá surpreende também pela modernidade. Ficamos em um bairro de muita segurança, avenidas e viadutos, onde estão os restaurantes mais badalados, prédios envidraçados, onde moram senadores, altos executivos, e a cada esquina mais militares e seguranças particulares em carros blindados. Por ali perto, shoppings, o World Trade Center Bogotá, bancos e centros comerciais.

Igreja Santo Agostinho, atrás do Palácio de Nariño. 
Logo atrás, bairros onde nos recomendaram 
não ir de jeito nenhum.

Por outro lado, a cidade é rica em igrejas coloniais, no centro e nos bairros mais afastados, que dão um charme todo especial e valem ser visitadas.

Pátio interno do Museu arqueológico 
Casa del Marques de San Jorge, bairro da Candelaria

Bairro de la Candelaria e seus prédios históricos.

Bairro de la Candelaria
Igreja del Carmen

Museu de trajes típicos da Colombia - eles mudam conforme o clima e a influência da agropecuária - as m,ulheres ajudavam no campo, especialmente, na colheita (café, por exemplo).

Museu de Trajes típicos das regiões da Colômbia

Centro de Artesanato, ao lado do Museo do Ouro, centro de Bogotá

Igreja de la Tercera Orden Franciscana Seglar - 1760/1780
 e o contraste com predio moderno no centro de Bogotá

AS RUAS NA COLÔMBIA

Carrera 7ª, num dia diferente 
- dia nacional sem carros 
- uma vez por ano e eu estava lá.

Em toda a Colômbia, as ruas são denominadas por números. Raras são aquelas com nomes de pessoas. As CALLES vão no sentido leste-oeste e as CARRERAS, norte-sul. Fácil para qualquer um se orientar, mas difícil até descobrir o sistema. Ninguém consegue explicar bem, até olharmos um mapa.

Ruas de Bogotá

Mas este método torna-se fácil, muito fácil, com o tempo. Sabe-se quão longe ou quão perto estamos de alguma outra rua ou lugar.

Mas tudo varia - cuidado com as ruas curtas e as ruas longe do centro.

Bebidas colombianas - a esquerda a cerveja CLUB COLOMBIA. 
e à direita, o refrigerante COLOMBIANA, num restaurante típico na Candelaria.

As três cidades que visitei com esse sistema ficam em vales e têm ruas paralelas e com morros ao redor. Fácil saber onde nasce o sol. E tudo ajuda quando as carreras são aquelas avenidas gigantes que atravessam toda a cidade, de ponta a ponta - só vem ou só vão.

COMIDA QUE COMEMOS; AS BEBIDAS QUE BEBEMOS
A comida colombiana é latinoamericana - em parte, se parece com a brasileira; em parte, nem tanto. Traços do Caribe, da herança negra, indígena e espanhola - milho, sempre o milho.
Aliás, a população colombiana é 50% européia, 30% indígena e 20% negra. Bem definida e muito marcante.

Aromatica

Mas o melhor de tudo é o café, o melhor do mundo. A rede de cafeteria Juan Valdez deixa a marca dos cafeteiros em todos os lugares. É uma rede nacional - internacional - que convida a qualquer turista a beber sempre um bom café - quente, forte, com chocolate, sem chocolate, frio, com gelo picado...Ah, mas os acompanhamentos são sensacionais - o bolo de banano, então, nem se fala. 
Os colombianos também são amantes do chá - as famosas AROMÁTICAS, que se toma sempre depois do almoço, oferecidas nos restaurantes de graça. Com as temperaturas frias, qualquer motivo é um bom motivo para se tomar um café ou uma aromática. Esses chás em geral são feitos com frutas ou chás digestivos. 

AS NUTRICIONISTAS NO SUPERMERCADO

Estávamos faceiras e curiosas!

Como toda cidade enorme, existem supermercados maravilhosos. E como boas nutricionistas, lá fomos nós investigar tudo sem muito sucesso.

Encontramos comidas e frutas surpreendentes, como o LULO - fruta que se parece com o kiwi, só por dentro mas parece maracujá. Por fora, parece laranja. Difícil é perguntar a um colombiano desavisado e ter uma resposta boa - é grande, é verde, é ácida, e por fora??? Não adianta insistir - eles respondem - é lulo. Mas experimentamos tudo, ou quase tudo.

Supermercado

A SEGUIR

Com mais detalhes, vamos contando sobre este colorido país, onde estivemos em Bogotá, Zipaquirá, Medellin, Cartagena de Indias , Cali e Popayan.

Bom passeio e boas fotos para todos nós...e se você for, se prepare para voltar...vontade não dá.

"O RISCO É QUERER FICAR! Ou voltar!!!