domingo, 9 de junho de 2013

7 Hockey Game - Sens go Sens!!! Uma noite em Ottawa

Um dos passeios que fizemos, foi a Ottawa.
Mas o passeio era "assistir um jogo de hockey"!
Os Senatoirs, de Ottawa jogavam contra Capitals, de Washington pelo campeonato da Liga, que o Canadá e os Estados Unidos fazem parte. O campeonato estava chegando ao final.
Mas, vamos ou não? Vale a pena? 
Ainda em abril, recém chegados no Canadá, João e eu não queríamos perder nada!
Seria quinta e sairíamos logo depois da aula e voltaríamos lá pela 1h da manhã. Talvez até nem fosse a aula no dia seguinte, mas minha responsabilidade nem concebeu isso. Vamos fazer festa e no final dizer - aproveitei!!! E lá fomos nós - eu mais dois colegas.
A primeira vez que vi um engarrafamento em Montreal. No cenntro da cidade quase não se vêem carros nem trafego pesado, mas nas grandes avenidas que atravessam ou entram e saem da ilha, (minha nossa!!!) é um horror e na hora de pico fica travado. Mas nada igual a SP em dia de temporal, lógico.
Todos os passeios eram feitos pela agência IKO, do Marcus Bender. Um bate e volta pra Ottawa ou Quebec, ou até passeios pelas montanhas e parques, sempre eram uns CAD$50,00. Sempre valeu a pena! Chegamos a saber de outra excursão que custava a metade, mas o Marcus era impagável. Um cara que começou ele mesmo dirigindo o ônibus da excursão e hoje só se diverte. Repete tudo igual em todos os passeios, ri, conversa, abre e fecha a sombrinha dele de guia turístico, se veste de um jeito muito informal e até fica conversando com a gente nos passeios, como se fosse o primeiro. Mas ele faz passeios todas as semanas há anos aos mesmos lugares. Conhece tudo de trás pra frente e sempre mantem o envolvimento com todos e por vezes faz as caminhadas conosco. 

O engraçado é que quando falei que tinha ido a Chicotimi e tinha ficado 5 dias em Quebec, ele me disse que eu viajava mais que ele. Na verdade, ele repete tanto os itinerários que não sobra tempo para ver o  país maravilhoso onde ele nasceu. Um dia verá!
Que ansiedade! Todos mundo chegando
no estádio grandioso do Scotiabank Place de Ottawa, a capital. 
Mas então, pegamos o ônibus da excursão do Marcus às 16h na Praça du Canada, pertinho do YMCA e em 2h30 estávamos no estádio de hockey de Ottawa, prontos para assistir nossa primeira partida. 
Lá dentro, uma paisagem idêntica aos filmes
- idolatria completa aos jogadores e ao time.
Um estádio muito grande e não parava de chegar gente
Ai, uma loja de souveniers...socorro!!!
E de repente, aquela imensidão! E nós no último banco...último!
Como tinha dito o Marcus - nosso lugar não é tão perto! 


Com o delírio de todos e o aquecimento dos jogadores, inicia-se a cerimônia
- hinos canadenses e americano e um show de músicas e luzes.
Cantando o hino!
Cada jogador é anunciado e aplaudido como heróis. O ginásio, fechado e lotado, é envolvente! E eu já quero escolher um jogador!
E começa a bagunça...
Um dos grandes problemas que assombra o campeonato de hockey no mundo é a violência. Os jogadores podem se empurrar para tentar tirar o adversário do caminho, jogando-o no chão ou até contra as paredes. O "empurrado" cai mas pode se levantar e ir em direção ao outro, querendo revidar. Ou pode esperar a próxima jogada e fazer o mesmo com ele, com mais ou menos força, mais ou menos violência. 
Se um deles, enfurecido, joga o taco no piso, será expulso, mas avança na direção do outro, dando socos e porradas para todos os lados. Se outros se envolverem na briga que não é deles, acontece o mesmo - expulsos.
Mas eles são trocados automaticamente e depois voltam, sem precisar autorização do juiz. entram e saem. Dão porrada e pronto, pagam o mico da expulsão e voltam.



Dizem, que a torcida de Montreal é enlouquecida! Que em dia de jogo é melhor nem sair na rua. Mas isso é porque eles não conhecem os dias de "Gre-nal" em Porto Alegre ou a fúria das torcidas em São Paulo e no Rio de Janeiro. É divertido ver os torcedores na rua. Meninas e meninos, jovens, crianças e aqueles com cara de canadenses, gordo rosados. 
E em Ottawa, fiquei impressionada com a torcida - que educação e falta de entusiasmo!!!

Não consegui levantar da minha cadeira
- ficava tonta de tão ingreme!
Não deixei de lembrar a torcida argentina em Jujuy, quando teve campeonato mundial de basquete feminino (quando falei coma Hortência, a Magic Paula...). Na época, levamos uns instrumentos e nos mandaram calar a boca. O ginásio inteiro fez a gente parar de tocar e cantar durante o jogo. Queriam silêncio! E como o  Brasil ganhava todas, nos deixaram o recado antes da final - Não apareçam com esses instrumentos! Nem gritar eu conseguia! Mas conheci o super time!
Mas voltando a Ottawa, "os torcedores são funcionários públicos da capital do país" - me disseram - "não podem extrapolar, aos gritos no estádio, são mais comportados que em Montreal, porque além disso, Ottawa é cidade  pequena!"
O leão do Senatoirs!
Só vi gritarem nos gols. Quando a jogada era boa ou quase gol - se ouvia aquele "ohhhhh". Alguns gritos locais, lógico, pessoas engraçadas e até bonecos no intervalo, com sorteios e pessoas sendo mostradas no grande telão
Não sei o que o pessoal da Guerra nas Estrelas estavam fazendo lá!
E de virada, os Senatoris ganharam
Símbolo dos Senatoirs
No intervalo, fomos pegar nossa pizza de brinde. Fila rápida, pizza comida, fomos dar umas voltas pelo ginásio e não voltamos mais ao nosso lugar - ficamos em lugar especial, ajudado pelos fiscais - devem ter visto nossa cara.
Todos felizes com o final do jogo - Sens, go Sens! (Senatoirs go Senatoirs)
Muita alegria e uma chuvarada na saída!!! 
Chegamos em Montreal e conseguimos pegar o último metrô - 1h10 da manhã. No dia seguinte, deu problemas no transporte público, mas eu estava lá, firme e forte, estudando.,

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